quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Realidade

Martin andava lentamente por um beco. A névoa era muita, então ele não podia distinguir muita coisa. Mesmo assim, continua seguindo em frente. O silêncio era absoluto, ele não ouvia nem sequer o barulho de seus passos. Continou caminhando pelo que pareceu uma eternidade, e então começou a distinguir o fim do beco. Em um canto, dois vultos. Tinha medo, mas suas pernas não lhe obedeciam, e continuou avançando. Conseguiu distinguir melhor os vultos. Parou, assustado,  quando percebeu que um dos vultos estava na verdade jogado no chão. 

Era uma mulher. Uma mulher, que em vida, deveria ter sido muito bonita, mas agora seu olhar era frio... como se estive muito longe. Seu cabelos loiros estavam sujos de sangue, e sua pele, estava pálida. Diante da mulher, estava outra pessoa. Um homem alto de óculos, os cabelos bagunçados, o rosto marcado por cicatrizes. Ele segurava uma faca, que, para maior espanto de Martin, estava suja de sangue. Martin continou observando os dois, por um tempo, até que o homem de óculos começou a gargalhar. E então, olhou para Martin. Seus óculos brilharam e ele sorriu. Mas não era um sorriso de algeria, era um sorriso sombrio...

No susto, Martins acordou. Olhou ao redor, estava em seu quarto. Aquilo tudo foi um pesadelo. Levantou-se, pegou seu óculos e se dirigiu para o banheiro. Parou na frente do espelho. Não sabia porque, mas estava sentindo uma sensação estranha. Lentamente, foi virando seu rosto para o espelho. Seus cabelos estavam, como sempre, bagunçados, seu rosto, marcados por cicratizes e seu óculos pareceu brilhar com a claridade. Nunca ficou sabendo se aquilo foi coisa da sua cabeça, mas seu reflexo pareceu ganhar vida, e sorriu para ele, mas não era um sorriso de alegria, era um sorriso sombrio...

Mas um de minha autoria, espero que gostem.
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